quarta-feira, 21 de março de 2012


LUBUNO BRAGADO




“Veja as coisas como são”, dizia o Noel Guarani, entre os animais de estimação, um amigo mantém um sapo cururu, no quintal. Ele faz parte do mix, cães, gato, gramado, e árvores da residência. Apareceu na conversa quando a gente falava dos hobbies, eu disse que carregava no carro uns petrechos de poda, minha especialidade são árvores frutíferas especiais, por exemplo, aquele limoeiro que o vovô plantou. É um trabalho para os amigos, a gente combina um dia, toma uns mates, olha e tal ,vai analisando, tudo com muito cuidado.
Se fosse um cavalo a pelagem seria lubuno bragado, parece um bom nome, diz que ele tem uma fun-
ção, comer os caracóis. Se deu bem na tarefa, a horta de temperos e gramado estão um primor. Se a gente lembrar que os anfíbios se alimentam de presas em movimento, insetos, minhocas, camondongos, então vamos respeitar o lubuno bragado, ele capta um pequeno caracol em movimento, ele é bom mesmo. Tem uma vantagem, não é comido por ninguém, corujinha passa longe, o gato não se interessa. Tem sua casa, embaixo de uma telha, hiberna, no verão também se recolhe cedo da noite. Um censor o avisa, vai chover, os insetos, e outros bichos aceleram a atividade, é o momento de uma boa mesa, tudo que se mexe vai bem.
Abraço para os que o preservam, foi o último compromisso na urbe, uma transição assim sempre traz ansiedade mas o conforto de uma boa conversa foi muito importante.

Felicidades

Selso

sábado, 17 de março de 2012

TERCEIRA LUA CHEIA

Companheiro cumpriu jornada e rumou ao sul, desta vez, para ficar, ia de vaqueano, a parca tralha seguia num bauzinho. De valor mesmo, o de dormir, bem que o vendedor falou, “agora o Sr vai odiar os hoteis”, pois tinha razão.
Não desgostou da capital, uns anos muito bons, interagiu com ela, participou, doou-se. Os amigos que ficaram foram poucos, por uma coisa e outra tem sido assim.
Não ia só, conversava passando em revista o que tinha acontecido, quase cinco anos atrás, coisas da vida corporativa.
Foi então que “levantou” a terceira lua cheia do ano, noite clara, motivando os viajantes. Daí seguiram-se análises sobre a situaçao. Mais uma vez pessoa querida, no além mar, e nós mudando de casa.
Bem, com estes braços que Deus me deu, ajudei a levar a cacaria, nem estranhei o suador gigantesco, algo parecido com os dez km de uma corrida em Sampa. Me senti aliviado, por não dar bola para os trastes, ia na balada amontoando tudo, na maior zona,
Tive muito apoio, na empreitada, dois splits, de fundamento, montados, geladeira zero, chicosa que só, com uns pertences de divertimento. Saí para uns aproachs, primeiro, camisa sem manga, suprema glória.
Ainda uma caixaria espalhada pela casa, mas não há pressa.
Um radinho de pilha buzinando, aquelas músicas típicas de praia, terminava o primeiro dia em solo barriguinha.
Tá para mudar a lua “entrou” um vento sibilante, mas não é que o “norte” assobia em qualquer lugar. \Abraço amigos,
Selso