PAMPO DE "OLHOS VIVOS"
Nossa
intenção era tomar um gostoso café, mas só tinha vaga na frente
da peixaria. Me obriguei a comprar alguma coisa, esportivo fui para o
balcão, farto de tainhas, corvinas, burriquetes, anchovas e uns
pampos. Destes últimos agradou um de “olhos vivos”, prático o
atendente o devolveu limpo e cortado em postas grossas.
Ora, ora,
apliquei um pouco de suco de limão siciliano, sal e pimenta do
reino, só, e devolvi para o refrigerador.
Ocorre
que a Rê passou por aqui para ir com a Florzinha buscar umas tintas
numa loja do Rio Tavares.
Mostrei
para ela, o “olhos vivos” no tempero dizendo que ia fazer no
grill, juntando arroz e salada de tomate. Claro que um tinto dos
Andes estava previsto, nós não respeitamos muito as
regras(vinho/carnes).
Pois
olha, as postas lindas foram para o grill bem quente com um fio de
óleo de girassol no mas. Deixei quieto do mesmo lado até tostar,
praticamente selou como dizem os chefs, virei e logo aprontou. Na
opinião da Rê, todos nós respeitamos, ficou muito melhor do
esperava, crocante por fora e suculento no interior, destacando o
sabor característico do peixe. De início a gente achou que as
partes cortadas estavam grossas demais, não somos manezinhos logo se vê, ao final este fator foi muito importante, não
ressecando e nem “quebrando” durante o cozimento.
De minha
parte valorizei o pampo, reparando que tem de ter os “olhos vivos”,
sua carne tem uma textura firme, branca e de gosto especial sem ser
muito acentuada.
No
improviso, o tinto, o pampo, e uma boa conversa nos divertiu um
monte.
Così
abbiamo trascorso venerdì grazie a Dio.
Abraço
Selso
Vicente Dalmaso