sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PAMPO DE "OLHOS VIVOS"


Nossa intenção era tomar um gostoso café, mas só tinha vaga na frente da peixaria. Me obriguei a comprar alguma coisa, esportivo fui para o balcão, farto de tainhas, corvinas, burriquetes, anchovas e uns pampos. Destes últimos agradou um de “olhos vivos”, prático o atendente o devolveu limpo e cortado em postas grossas.

Ora, ora, apliquei um pouco de suco de limão siciliano, sal e pimenta do reino, só, e devolvi para o refrigerador.
Ocorre que a Rê passou por aqui para ir com a Florzinha buscar umas tintas numa loja do Rio Tavares.
Mostrei para ela, o “olhos vivos” no tempero dizendo que ia fazer no grill, juntando arroz e salada de tomate. Claro que um tinto dos Andes estava previsto, nós não respeitamos muito as regras(vinho/carnes).

Pois olha, as postas lindas foram para o grill bem quente com um fio de óleo de girassol no mas. Deixei quieto do mesmo lado até tostar, praticamente selou como dizem os chefs, virei e logo aprontou. Na opinião da Rê, todos nós respeitamos, ficou muito melhor do esperava, crocante por fora e suculento no interior, destacando o sabor característico do peixe. De início a gente achou que as partes cortadas estavam grossas demais, não somos manezinhos logo se vê, ao final este fator foi muito importante, não ressecando e nem “quebrando” durante o cozimento.

De minha parte valorizei o pampo, reparando que tem de ter os “olhos vivos”, sua carne tem uma textura firme, branca e de gosto especial sem ser muito acentuada.

No improviso, o tinto, o pampo, e uma boa conversa nos divertiu um monte.
Così abbiamo trascorso venerdì grazie a Dio.

Abraço


Selso Vicente Dalmaso




Um comentário:

Fátima sousa disse...

A cada texto uma surpresa neste sobrinho gaúcho... parabéns e continue nos presenteando com suas estórias!!