terça-feira, 20 de setembro de 2011

O que lhe “conta” um velho brete?


Quando chego numa propriedade, passado aquele momento de conversa e socialização, se tiver um tempo, vou até as mangueiras. Naquele conjunto de coisas o que mais atrai é o brete. Gosto daqueles de madeira de lei, cheios de liquens esbranquiçados, antigos, resistem ao tempo.

Eles contam a história do lugar, com marcas de cascos nervosos nas laterais, mais em cima sinais de chifradas. Guardando um silencio respeitoso, subo na bancada e “miro” no alinhamento do tronco. Reparo no piso gasto. Encostadas em geral, pequenas varas e guiadas indicam ação recente. As travas tomadas de manchas de mata-bicheira, algumas ainda da velha creolina e óleo das vacinas, revelam procedimentos realizados. Às vezes restam caixas e outras embalagens de medicamentos ali nas imediações.

Precisa respeitar o lugar, apesar de uma sensação de segurança, ali ocorrem muitos eventos, uma simples vacina é suficiente para levar cabeçadas nas mãos, numa destas a agulha cravou na minha mão. Embretando “a pé” levei chifrada feia no braço, ralou a pele em meia lua, marca que ficou.

Abraço

Um comentário:

Gabriel Dalmazo disse...

Lembro bem daquele estouro nas mangueiras do seu Ângelo, polvadeira e o tio Selso prensado contra a cerca.