LUBUNO BRAGADO
“Veja
as coisas como são”, dizia o Noel Guarani, entre os animais de
estimação, um amigo mantém um sapo cururu, no quintal. Ele faz
parte do mix, cães, gato, gramado, e árvores da residência.
Apareceu na conversa quando a gente falava dos hobbies, eu disse que
carregava no carro uns petrechos de poda, minha especialidade são
árvores frutíferas especiais, por exemplo, aquele limoeiro que o
vovô plantou. É um trabalho para os amigos, a gente combina um dia,
toma uns mates, olha e tal ,vai analisando, tudo com muito cuidado.
Se fosse
um cavalo a pelagem seria lubuno bragado, parece um bom nome, diz que
ele tem uma fun-
ção,
comer os caracóis. Se deu bem na tarefa, a horta de temperos e
gramado estão um primor. Se a gente lembrar que os anfíbios se
alimentam de presas em movimento, insetos, minhocas, camondongos,
então vamos respeitar o lubuno bragado, ele capta um pequeno caracol
em movimento, ele é bom mesmo. Tem uma vantagem, não é comido por
ninguém, corujinha passa longe, o gato não se interessa. Tem
sua casa, embaixo de uma telha, hiberna, no verão também se recolhe
cedo da noite. Um censor o avisa, vai chover, os insetos, e outros
bichos aceleram a atividade, é o momento de uma boa mesa, tudo que
se mexe vai bem.
Abraço
para os que o preservam, foi o último compromisso na urbe, uma
transição assim sempre traz ansiedade mas o conforto de uma boa
conversa foi muito importante.
Felicidades
Selso