quarta-feira, 21 de março de 2012


LUBUNO BRAGADO




“Veja as coisas como são”, dizia o Noel Guarani, entre os animais de estimação, um amigo mantém um sapo cururu, no quintal. Ele faz parte do mix, cães, gato, gramado, e árvores da residência. Apareceu na conversa quando a gente falava dos hobbies, eu disse que carregava no carro uns petrechos de poda, minha especialidade são árvores frutíferas especiais, por exemplo, aquele limoeiro que o vovô plantou. É um trabalho para os amigos, a gente combina um dia, toma uns mates, olha e tal ,vai analisando, tudo com muito cuidado.
Se fosse um cavalo a pelagem seria lubuno bragado, parece um bom nome, diz que ele tem uma fun-
ção, comer os caracóis. Se deu bem na tarefa, a horta de temperos e gramado estão um primor. Se a gente lembrar que os anfíbios se alimentam de presas em movimento, insetos, minhocas, camondongos, então vamos respeitar o lubuno bragado, ele capta um pequeno caracol em movimento, ele é bom mesmo. Tem uma vantagem, não é comido por ninguém, corujinha passa longe, o gato não se interessa. Tem sua casa, embaixo de uma telha, hiberna, no verão também se recolhe cedo da noite. Um censor o avisa, vai chover, os insetos, e outros bichos aceleram a atividade, é o momento de uma boa mesa, tudo que se mexe vai bem.
Abraço para os que o preservam, foi o último compromisso na urbe, uma transição assim sempre traz ansiedade mas o conforto de uma boa conversa foi muito importante.

Felicidades

Selso

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