terça-feira, 18 de março de 2008

O Rio Grande Amado e........os outros lugares



Gauchinhos, em geral, crescem sem maior intercâmbio com outros povos. Morando no interior de Bagé, até os 13 anos, praticamente não conhecia “estrangeiros”. Sabia que existiam os castelhanos porque as rádios deles invadem o espaço brasileiro. Parecia que não havia lugares tão bons como a Rainha da Fronteira.
Na universidade, um choque cultural, os “catarinas” eram quase maioria. Chocava saber que eles nem se importavam com a “nossa cultura”, só falavam em verão, praias, camarão, essas coisas, enfim não se impressionavam com os lindos campos, pode isto.
Muitos anos depois, um grupo de estudantes estrangeiros, maioria da Europa, estava na fronteira alegres e faceiros como são os jovens. Então uma vizinha, nativa, veio perguntar “o que eles acharam destes nossos campos”, ficou desapontada com a resposta de que eles nem reparam em qualquer especialidade.
Uma vez fui convidado a “retornar” , tinha vaga, me disseram, eu não aceitei, minha atitude nunca foi entendida. Na realidade se pensa que morar depois do Rio Uruguai é quase como um exílio.
Este pensamento me ocorreu no domingo, no Largo da Ordem, onde havia um grupo de turistas alemães, divertiam-se num bar e aplaudiam a música ao vivo. Estou cada vez mais longe do solo pátrio, ahahahahah

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa paps,
to surpresa com a producao desse blog seu! vc tah atualizando super rapido! e to gostando bastante dos posts, sao a sua cara mesmo. bem divertidos...
esse do rio grande amado adorei.
um beijao

Selso Vicente Dalmaso disse...

Querida Rê, suas palavras são muito amáveis, escrevendo aqui eu poupo vc, e outros amigos, dos intermináveis e-mails.
ok